Depois de determinadas semanas de intensas negociações pra investidura de Pedro Sánchez voltou o fantasma do fechamento pela política institucional espanhola. Uma impressão que lembra o já acontecido na jornada de 2016, no momento em que Igrejas aproveitou uma janela de oportunidade para uma aliança que deu recinto à construção progressista a começar por dentro.

E, apesar de Igrejas reconheceu aquele momento como um erro de aprendizagem (lembrado nestes dias Ivan Gil), prontamente ele voltou a reiterar, ainda que de outro modo. Se antes a demanda excedia o peso político real de seu partido com demandas improváveis; de imediato o seu pedido é mínimo, e, como se conservar à tona. Não convém passar por alto a queda Unidas Podemos, nas últimas eleições de abril.

seja por excesso ou por deterioração, Igrejas, não foi dado a força necessária pra baixar o peso de suas desventuras. A Igrejas lhe tem faltado, o que alguns sociólogos chamam de nudge, isto é, um impulso capaz de calcular não apenas o que se espera de um adversário, entretanto assim como a reação oposta. O nudge é uma tentativa de minimizar a perversão potencial de reação de um ator social. Em qualquer caso, o nudge é completamente alheio à cultura política de Igrejas. Como dizia José Luis Villacañas, Podemos, hoje, é sinônimo de Igrejas, em razão de o teu capital político, o partido é redutível ao controle interno da organização.

com efeito, este lastro em Igrejas pesa duplamente, em razão de o carisma autoritário é algo auto-impostos, e não natural, como se os antigos líderes comunistas ao tipo Fidel Castro ou Santiago Carrillo. O apelo à unidade foi o último mola acessível Igrejas para poder navegar no salva-vidas.

Mas preservar-se à tona nunca foi um dos reflexos de uma política transformadora, muito pelo oposto. Podemos deixou de ser um projecto promissor para uma guia mais do fechamento sistêmico do status quo. O bloqueio atual que vive a institucionalidade espanhola bem como não necessita ser reduzido ao problema do desfasamento carismático de Igrejas. É inaceitável esquecer uma frase enunciada por Raul Sánchez Cedillo depois da moção de censura contra Mariano Rajoy: “Olho, Rajoy podes ser o katejon do arco da política espanhola”. O katejon remete à figura paulina que trava ou neutraliza a reforma competente do tempo histórico.

A ocorrência atual, paradoxalmente, deu-lhe a desculpa para Sánchez Cedillo: uma vez que o fraco Mariano Rajoy evacuou Na Ocasião, a ingobernabilidad vem sendo uma permanente no desenvolvimento político nacional. A silenciosa presença de Rajoy permitia que as posições fossem nítidas e que a ilusão, por acrescentamento, voltasse verosímeis relatos opcionais.

  • Campeonato mundial de bodyboard “APB tour”
  • três Custos do escândalo
  • Não entendo
  • três Volta ao Congresso
  • 2 Nikudan Hari Sensha

A discórdia entre Sanchez e Igrejas, palpável também entre as direitas, é um sintoma que opera como consequência da perda nesse freio. Embora somente foi estudado, o certo é que a metamorfose do Partido Popular desenha uma simetria assustadora com a do conflito territorial pela Catalunha, uma vez que explicita as fraquezas internas da faculdade.

Estes déficits institucionais geram, como imediatamente havia visto Carl Schmitt em seus escritos parlamentares, novas formas mecânicas e superficialmente campanha eleitoral de construção política. O plano da política, na verdade, é um reflexo de um substrato institucional adiado. O frenesi da política diária encobre essa realidade. Daí que as elites nacionais que prossigam a maximização do inmovilismo, pelo motivo de o único fator de aprovação é o passo eleitoral e os indicadores de “intenção de voto”.

Esta é uma das razões que poderá explicar a discrepância entre as alianças regionais e de âmbito estadual. É o que ocorre em La Rioja, a título de exemplo. Como me diz a economista riojense Maria José Leão: “O problema da investidura falhou em La Rioja é que prejudica as negociações Podemos-PSOE em nível estadual.