Se enfrentam duas Brasiles nestas eleições. E os dois esperavam em tuas respectivas linhas de um domingo de setembro, no centro do Rio de Janeiro. 51% dos cristãos pentecostais apoia o candidato de ultra-direita Jair Bolsonaro, que, a não ser que as pesquisas fallen, passará pra segunda volta das eleições do próximo domingo, sete de outubro.
Apenas um de cada três evangélicos, diz que votará a Fernando Haddad, candidato do Partido dos Trabalhadores (PT), após a retirada de Lula. Isto, apesar de que os evangélicos, 35% da população brasileira, costumam ser de famílias de baixos recursos económicos, como o característico eleitor do PT. Costuma-Se falar no Rio que pela abastada zona sul, há psicanalistas e na periferia, pastores evangélicos. Uma longa fila se estendia desde o palácio renascentista até a estrada Jardim Botanico. Um grupo de mulheres, percussionistas do carnaval, reivindicavam a independência de frase com cantos afro-brasileiros e enormes tambores.
Mais de 35.000 visitantes em um mês obteve a apresentação, financiada com uma campanha de micromecenato que arrecadou 1,8 milhões de reais, mais de 400.000 euros, duplicando o recorde pra este modo de financiamento. Dada a falência do estado do Rio de janeiro, proprietário do parque, o apoio da população vem sendo fundamental.
No fim do evento, dezenas de jovens se banharam pela piscina, no pátio do palácio ao longo da atuação de Ney Mattogrosso, o veterano cantor de “la movida” andrógina dos anos 80. Mas não há que esquecer a terceira fila do domingo: a dos escassamente interessados nas eleições que esperavam horas para se tornar uma selfie contra a estampa do palácio e o monte Corcovado refletidos pela piscina.
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O sucesso de Queermuseu no Rio é bastante significativo em um ciclo de otimismo crescente pela esquerda. Bolsonaro apoiou a violenta campanha contra a mostra no ano passado, quando se expõe no centro cultural do Banco Santander em Porto Alegre. O grupo pró-Bolsonaro , o Movimento Brasil Livre (MBL), o perfil de “apologia da pedofilia e a bestialidade, a pornografia e a blasfêmia”, e conseguiu uma forte eco nas redes sociais.
A campanha do MBL e da direita evangélica se intensificou depois. O prefeito do Rio, Marcelo Crivella, pastor evangélico, eleito em 2017, interveio para que não se mudasse a exposição ao novo Museu de Arte do Rio. Houve protestos contra exposições e outros eventos culturais em São Paulo e Belo Horizonte. “O Brasil está fortemente polarizado nestas eleições “, disse Gaudencio Fidelis, comissário de Queermuseu, numa entrevista com o jornal. “Bolsonaro é Trump só que pior, se isto é possível; e há um fundamentalismo cristão, que vem crescendo há anos.